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quarta-feira, 23 de abril de 2008

O homem que sente.

Arrogante, estúpido, agressivo, impulsivo, ... , esqueci alguma?
São qualidades do Homem, qualidade não muito nobres, qualidades necessárias para aquele provérbio: "não interessa se zebra ou leão, quando amanhecer o dia... é hora de correr!", lembra? Qualidades que o tornam apto a conquistar o mundo. E sob essa fortaleza se ergue o seu nome.

Mas, por debaixo dessa proteção, existe um ser desprotegido, existe uma pessoa que sente, que chora e que ama. Nós, homens, vamos formando essa "casca" desde pequenininhos em situações tais como: - homem não chora"; - faça xixi na rua mesmo, você é homem!; - Dezoito anos, vá para o quartel aprender a ser homem; ... e por aí vai. Mas lá no fundo, bem escondido em sua alma, existe alguém sensível, que não consegue se libertar, que não pode se libertar. Em raros momentos essa dualidade de sua personalidade se expõe e percebemos então aquele namorado fazendo juras de amor, ou aquele marido lavando a louça, ou aquele senhor deixando rolar algumas lágrimas em sua face por um filme de amor, mas rapidinho ele irá enxugar suas lágrimas, porque "homem não chora": pronto! ...ninguém notou, volte a assistir o filme!

É complicado ser homem. Esperam que você seja forte, que lute, que proteja! Esperam que você seja sensível. Mas não se cria um menino para ser sensível, pois ele vai ser "gay" quando crescer. E então, nós homens, vamos crescendo com essa dupla personalidade, com essa casca grossa, com essa arrogância de não precisar ter sentimentos, com essa necessidade de esconder a sensibilidade com uma máscara de ferro, amarrada com um grosso cadeado. E alguém, que conseguir chegar suficientemente perto desta máscara, muito perto dos olhos, onde não há qualquer proteção, e onde se pode ver pela janela da alma, verá então um coração atormentado, um coração preso. Verá o coração do verdadeiro homem: o homem que sente.

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